Vozes da Paisagem, Pavilhão de Exposições – Fbaup, 2023
A investigação artística em causa surge da premissa de tomar a casa e o seu envolvente como objecto de estudo, alocando-lhe outros significados.
Primeiramente, procedeu-se à reunião de registos fotográficos, desenhos, entre outros. Posteriormente, a documentação foi trabalhada de forma a que a casa e o seu território fossem miniaturizados e transformados num guarda-jóias.
A relação Corpo/Casa/Cosmos é comummente pensada segundo uma ordem crescente. Aqui, essa ordem é subvertida, todavia os elementos preservam a sua correlação. Mediante a sua redução e consequente objectificação, a casa deixa de abranger o corpo, adquire ludicidade, serve como um pequeno modelo que ensaia e designa o real.
Através da subversão de escalas e propósitos, a casa revela-se como um objecto transportável e valioso, cerzindo, assim, a metáfora que estrutura a existência de um lugar.